23 de fevereiro de 2005

Parvoíte aguda assim como quem não quer a coisa

Estava um belo dia de norte e os camiões rebolavam sobre as papas de aveia que o pato tinha trincado sobre carris de fruta.

Estava eu sentado na tesoura que a minha tia usa para lavar as costas com ácido sulfúrico (diz que faz bem à guerra de chapéus de chuva a que o alcatrão xeira quando não se lava), a pensar no que o meu rato de estimação tinha dito na conferência de queijo da serra de Timor Leste, quando, subitamente, devagarinho, senti um tremor nas costas da mão de baixo, acontecimento que só podia querer dizer que a lanterna de vinho da prima do Juvenal tinha sido comprada aos ciganos das bolachas de aveia (huuuuuuuum, bolachas de aveia ).

Estremeci, mas depois lá me lembrei que os iogurtes não têm dentes, e fiquei mais arrepiado.

E assim chego ao cerne da questão: o que é que leva três gajos com nomes estupidamente estranhos a fazer um belógue exclusivamente para dizer parvoíces estúpidas?

Nada mais nada menos que um caso agudo de parvoíte aguda. Porque nós somos assim. E a fisca não perdoa.

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